Mar
Fonte de vida
Movimento ondulante
De quem embala gentilmente a água.
Força inexplicável e inesgotável,
Revela-se no rebentamento das ondas e na profundidade das águas.
Assim é o mar,
Reluzente pelos raios de sol
Que espelham reflexos de vários tons prateados e azulados.
O azul esverdeado das ondas acalma e serena a alma.
Entrego-me sem receios
Nesta ondulante sensação,
A água salgada retempera ânimos,
Refresca o espírito e purifica a alma
Banha-nos de vida e de bem-estar,
Tranquilidade e serenidade.
Essência feminina,
Conhecida por muitos,
Mãe de todas as coisas,
protege e abriga os seus filhos,
refresca os seus corpos,
quando demasiadamente quentes e saturados
da vida quotidiana e longe do seu abraço.
Depois de mergulhar nas suas águas,
Repouso,
E sinto a sabedoria e pacificidade que nos trás ao coração,
O revigorar de algum cansaço
A leveza encontrada após o descanso é sentida e vivida.
A serenidade instala-se como se de um estado se tratasse,
Sinto-a bem no meio do peito e alma e
agradeço-lhe tudo o que me transmite,
esta fonte de energia pura
Que nos graceja com o seu suave movimento percorrido,
no pulsar do coração e na correnteza do sangue.
Alimenta-nos a alma, relembra-nos do que realmente somos,
Energia pura sem precedentes com diversas capacidades
À espera de serem descobertas.
Escrito a 22 de Maio, na Costa da Caparica
segunda-feira, 24 de maio de 2010
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Escrito a 7 de Abril 2010
Estou cá,
mas estou fora de mim.
Estou em sítios inalcansáveis
num universo dentro de mim.
A viagem é confortável,
vejo e revejo coisas
que não sabia fazerem parte de mim.
Cenas vividas, imagens apreendidas,
sou uma imensidão de coisas,
conscientes e inconscientes
com significado ou sem.
Sei que sou algo que transcende o meu corpo,
que existe para além dele.
Descobre caminhos e recantos
apesar de não os conhecer
atrevo-me a explorá-los.
e ver o que se passa,
o que sente perante o desconhecido,
infinitamente conhecido.
O trazer ao de cima,
o levantar a poeira,
arruma-se a casa
para a preparamos para receber o Sol.
A verdadeira felicidade
começa bem dentro de nós,
quando a nossa alma canta,
nada a poderá silenciar.
Quando a nossa alma é luz pura,
nenhuma escuridão a pode apagar,
pois da escuridão sobre vêm a luz,
do amor brota a paz,
a procura, a busca é continua, incessante e infinita
tal como nós.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
A Paz vestida de branco
Recebe o sorriso amarelo do Sol,
Que ilumina o azul esverdeado das águas.
Os tons de verde são desvendados no manto que cobre os campos,
Tonalidades de laranja, rosa, violeta e vermelho
Alegram e sarapintam
E trazem o renascer numa paisagem que há pouco tempo
Oscilava entre o verde musgo e o castanho.
Tal como a cor faz parte de nós,
Nós fazemos parte dela,
Conferimos-lhe emoções,
Sentires e sentimentos, influencia estados de espírito
Dizem que a energia tem cor
Daí a tonalidade da nossa aura
Variar em função da nossa essência.
Arco-íris interno com tonalidades mais ou menos carregadas
Mas o que importa é que a luz e a vibração emitida passe
Nos transcenda e ilumine o nosso caminho.
São toldados de uma beleza imensa
Feitos de nada e de tudo
Acumular de segundos
Sem tempo
Marcados ou não
Por acontecimentos que possam suceder
Positivos ou negativos
De acordo com a conotação que lhe
Conferimos de acordo com o que sentimos,
Afinal é assim preenchido os nossos dias
Por momentos que surgem a todo o momento
Num encadear leve
De sentimentos, significados e emoções.
Por vezes, sinto-me “presa”
Em alguns deles, ao analisar o porquê do seu surgimento
Outra vezes por relembrar algo que já passou
E outros algo que desejo.
Os momentos fazem parte da nossa vida
Como tonalidades que vem colorir a nossa vida,
Pois afinal o que seria a vida sem cor?
Seria ausente, descontente e desensaborosa.
segunda-feira, 5 de abril de 2010
sexta-feira, 12 de março de 2010
Ansiar o que não chega,
Criar ilusões,
Daquilo que não se vê ou sente,
Ser algo que não se é
Sentir algo que não se tem,
Criam-se expectativas
Achasse que se é,
Que se pode ser,
Que se pode sentir.
No final não passam de sinais,
Desejos inconscientes
Que brotam com o desejo de ser,
Tornarem realizáveis.
Quando não se concretizam
Caímos em nós e defrontamo-nos,
Com aquilo que não passava de uma idealização.
Neste momento a realidade por vezes
Torna-se dura, ou não
Dependendo do que pretendíamos
Afinal não somos os donos de tudo
Como muitos julgam
Não somos donos, mas filhos
E a Natureza só nos trás quando
As sementes certas forem lançadas à Terra
O retorno é sempre dado,
E a colheita feita na hora certa.
Tudo tem o seu tempo,
Tudo tem o seu retorno,
Todos temos caminhos a percorrer
E o maior parece estar dentro de nós
À espera de ser descoberto e percorrido.